A Comissão Europeia publicou os resultados da edição de 2017 do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES), instrumento que apresenta o desempenho dos 28 Estados-Membros num conjunto de domínios, que vão da conectividade e das competências digitais à digitalização das empresas e dos serviços públicos. A Dinamarca, a Finlândia, a Suécia e os Países Baixos lideram o IDES deste ano, seguidos do Luxemburgo, da Bélgica, do Reino Unido, da Irlanda, da Estónia e da Áustria.
Os três primeiros classificados a nível da União Europeia (UE) lideram também a classificação a nível mundial, à frente da Coreia do Sul, do Japão e dos Estados Unidos. A Eslováquia e a Eslovénia são os países da UE que têm apresentado maiores progressos. Apesar de algumas melhorias, diversos Estados-Membros, incluindo a Polónia, a Croácia, a Itália, a Grécia, a Bulgária e a Roménia, continuam a registar atrasos no seu desenvolvimento digital em comparação com a média da UE.
Portugal ocupa o 15.º lugar neste índice. O país melhorou a sua pontuação no IDES em todas as categorias, com exceção dos serviços públicos digitais. Os maiores progressos registaram-se na adoção da banda larga fixa e móvel (Conectividade), bem como na utilização das tecnologias digitais por parte das empresas. A melhoria dos níveis de competências digitais da população é o maior desafio de Portugal.
De acordo com o estudo, os níveis de utilização de serviços de banda larga fixa e móvel no nosso país aumentaram significativamente em 2016. Verificaram-se também progressos no que diz respeito ao número de assinaturas de banda larga rápida e à cobertura de NGA, onde Portugal é um dos líderes europeus. Também a percentagem de cidadãos portugueses que utilizam a Internet aumentou em relação ao ano anterior, mas continua a ser bastante inferior à média da UE.
Relativamente à utilização da internet, embora se tenha verificado um acréscimo da percentagem de utilizadores de serviços de Internet que fazem videochamadas em linha e utilizam redes sociais, continua a haver grande relutância em fazer compras em linha ou em utilizar serviços bancários através da Internet.
O índice demonstra ainda que as empresas portuguesas apresentam elevadas taxas de utilização da tecnologia RFID e de partilha de informações. “A utilização das redes sociais e da faturação eletrónica registou um aumento significativo em 2016, mas nem a percentagem de PME com lojas em linha nem o volume de negócios eletrónicos das PME registaram qualquer evolução”.
Nos serviços públicos digitais, Portugal continua entre os de melhor desempenho na EU, mas o desempenho do país agravou-se relativamente ao ano anterior, sobretudo devido à fraca prestação nos domínios dos dados previamente preenchidos em formulários em linha e da utilização de dados abertos.
O estudo revela que os europeus estão cada vez mais digitais
79 % dos europeus navega na Internet pelo menos uma vez por semana, o que significa um aumento de 3 pontos percentuais em comparação com 2016:
78 % dos internautas utilizam a Internet para jogar ou descarregar música, filmes, imagens ou jogos.
70 % dos internautas europeus leem notícias em linha (64 % em 2013).
63 % utilizam as redes sociais (57 % em 2013).
66 % fazem compras em linha (61 % em 2013).
59 % utilizam serviços bancários em linha (56 % em 2013).
39 % utilizam a Internet para fazer chamadas (33 % em 2013).
Fonte: Jornal Economico